A Santa Cruz
da Charqueada dos Betins,
artefato produzido em madeira,
tem aproximadamente mais de
150 anos de existência,
recebida pela família Betim
e colocada
na primeira capela existente
na comunidade, sendo reconstruída
anos depois para melhor
acomodar a Santa Cruz.
Conta-se pelos moradores,
boa parte indivíduos
da mesma família, que o artefato foi
trazido carregado por fiéis de localidade indefinida, porém, próxima de Tibagi/PR até
a Charqueada dos Betins, em Imbaú/PR, percorrendo aproximadamente 50km. Na época, as carroças não aguentariam,
pois se tratava de um ítem
muito pesado, sendo assim, trazido por vários homens ao mesmo tempo e quem tivesse
disposição física para ajudar
na missão.
É tradição dos fiéis entoar rezas e cânticos para determinados santos do catolicismo em suas respectivas datas de reconhecimento, principalmente no dia 03 de maio, dia da Reza da Santa Cruz.
As rezas geralmente são presididas pelo "capelão" e acompanhadas pela comunidade, tem duração de 1h, sem determinação de idade para participar do rito. Segundo relatos, o primeiro "capelão" foi o senhor Angelino Betim, que faleceu por volta de 100 anos.
Seguindo a linha de sucessão da família Betim, atualmente o "capelão" é o senhor Ozande Aparecido Betim, que ainda segue a tradição e zela pela cultura religiosa da comunidade.